Eu nunca tive um bom relacionamento com o meu pai. Primeiro, porque ele sempre foi daqueles pais que "não deixava faltar nada dentro de casa", mas não sabia o que é um abraço. Ele foi criado junto com seus nove irmãos numa pobreza. Alguns deles estudaram, outros, como o meu pai, terminaram o colegial e por aí mesmo ficaram.
Exatamente pela falta de estudo ele foi mandado embora do emprego em 2002. E nunca mais trabalhou; pelo contrário, voltou a beber. Não trabalha. Não está aposentado.
Semana passada minha mãe e ele assinaram a separação. Muito em breve ele sairá de casa (minha mãe vai comprar a parte dele na casa) e a partir de então, eu nem sei o que vai ser de sua vida.
Claro que estou comentando muito superficialmente alguns fatos que nos envolvem. Quem sabe agora, depois da separação, ele acorda e vai atrás dos seus papéis da aposentadoria. Ele trabalhou 29 anos numa mesma empresa e bastava largar o bar e estudar para garantir seu serviço. Ele teve uma oportunidade, e escolheu errado o caminho. Tantas mágoas nos separam que hoje eu nem converso com ele. Nem bom dia. Nem boa noite. E eu nunca nem me esforcei para conversar. Claro que não me orgulho disso… Eu sempre fui empurrando meus pensamentos "com a barriga" e quando me lembro empurro de novo…
Tudo isso estou escrevendo por causa de uma página de scrapbooking que eu fiz essa semana. Era para falar sobre algo que nos chateia ou magoa, e esse relacionamento com meu pai me magoa, claro, mas eu acho que quanto mais afastados nós estivermos será melhor.
Eu sempre estive em busca do meu príncipe encantado, e tudo o que eu queria encontrar nele era o oposto do meu pai. Talvez a vida ainda me ensine que não é bem assim… Mas que o Bruno realmente é o oposto em tudo no meu pai, isso é! ;c)
Créditos do LO
Dream Solid Papers, Skinny Minis Ribbons, Signature Alpha – Christina Renee @ CRD
Frame, Tag Ribbon – Lil’FANFair Elements – Christina Renee @ CRD
Grunge Alpha – French Countryside – Christina Renee and Shabby Princess @ CDR
Date Stamps by Ambler Clegg
Filtro: Virtual Photographer
Swirl Glitter Doodle – Janine Oliveira
Doodle 2 Kit Shabby Fall – Mitia Assef
Ultimate Stitches Vl. 2 – Lisa Whitney
Wordy Bits Alpha – Kate Hadfield
Fonte: Jane Austen
Nossa Fernanda, vim parar aqui sem querer e sua história me comoveu…
Talvez porque a minha seja diferente em alguns aspectos e parecida em outros…
Senti vontade em deixar registrada a minha presença… espero não ter feito mal.
Sinto vontade de te dizer tanta coisa, mas nem te conheço, né?! Quem sou para invadir sua vida assim???
Só situando: faço parte do CT da Cida… por isto caí aqui.
Se cuida, garota. Você é super talentosa e faz trabalhos maravilhosos…
Bjo, bjo, bjo!!!!
Eita amiga, sei exatamente o que sente pois passei por coisa parecida com meu pai. Hoje é um estranho pra mim…espero que ele encontre o caminho dele, pq o meu ainda tá perdido até hoje…entre o álcool e outras coisinhas mais…se cuida. beijo
Minha convivencia com meu pai sempre foi meio termo, mas meu pai sempre foi uma pessoa muito dificil. Uma coisa eu posso dizer a vc: se vc tem algo pra dizer ao seu que vc sente como um peso sobre vc, fale, converse o qto antes. Vc nunca sabe o que amanhã nos reserva e pode ser tarde de mais.
Oi Nanda…Nossa temos algumas coisinhas em comum, tb não me dava com meu pai, e sei o quanto é dificil isso tudo porque vc acha que o melhor é te-lo longe mas na verdade deu coração sabe que é outra coisa , as vezes eu ficava muito brava com ele, mas depois passava conclusão meu Pai morreu nos meus braços fiquei com ele so eu e ele na ultima semana de vida dele pedi perdão e ele aceitou hj a primeira coisa que pensei ao acordar era que ele não me ligaria(meu Niver) e ele sempre foi o primeiro a ligar …
Amiga é dificil mas faço das palavras da Carola as minhas se tens alguma coisa que te encomode muito com ele sente -se e fala …. Te admiro muito viu Linda beijão DAni
Sinto muito, Nanda… eu não sei o que dizer. Sei que minha mãe teve um pai bem bravo, que bebia (e ainda bebe), mas ela é o xodó dele, porque foi a única que não virou as costas nas dificuldades da família. Sei lá… não quero dar pitaco. Mas é seu pai, e mesmo com todos os erros dele, tente perdoar. Entender talvez você não entenda nunca, mas tente perdoá-lo. Por ele, e por você.
Olá!
Sempre via seus comentários nos blogs da Mic, da Rê, no Scrapblog mas nunca tinha vindo aqui no seu. Foi então que vi justamente esse seu LO e deu vontade de vir aqui te contar um pouco do que eu passei: quase dois anos sem falar com o meu pai, não tê-lo em momentos tão especiais como no nascimento do meu primeiro filho e finalmente criar coragem pra quebrar o gelo. O resultado é que ele, agora, não desgruda (rs!) e eu e minha irmã estamos amando tê-lo de volta como pai e avô dos nossos filhos. Precisamos destes dois anos pra confirmar que ele era o culpado pela nossa separação mas nós queríamos ser as culpadas pela reconciliação. Ficamos bem na foto, né, rs? Nanda, dê tempo ao tempo, agora que ele vai sair de casa, dá pra organizar melhor as idéias, sem que ele esteja sempre fazendo alguma coisa pra se auto-detonar. Espero ler um post aqui, algum dia, de que as coisas melhoraram entre vcs. Um grande beijo, adoro seus LO´s.
“Vc não pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas vc pode começar agora e fazer um novo fim”
Poxa Nanda, tb tenho uma história difícil com meu pai. Depois de anos vivendo uma relação parecida com a que vc descreveu que tem com seu pai (ou seja, nenhuma) eu comecei a me questionar como filha e como o poderia desempenhar melhor o papel que Deus me deu. Afinal, nós tb podemos ensinar coisas aos nossos pais. Passei por cima de muita coisa e estendi a mão à ele.
Hj as mágoas ainda existem, mas já posso respirar aliviada e saber que eu fiz alguma coisa por ele.
Espero que um dia vc tb consiga, querida.
Um beijão!