Se eu soubesse como seria 2015 há exatamente um ano, eu não sei se eu estaria rindo de felicidade e emoção ou paralisada de medo e ansiedade.
2015 não teve viagens inesquecíveis ou festas arrassadoras. Mas em 2015 embarcamos na aventura mais incrível de nossas vidas. E olha que eu andava repetindo que os últimos anos estavam se superando. Mal sabia eu. Comecei 2015 com um bebezico na barriga. Eu senti a Clarice se mexer dentro de mim, eu vivi intensamente à espera por sua chegada. Em 2015 eu me tornei mãe, eu aprendi a cuidar, a me entregar por completo, a amar incondicionalmente. Nos hibernamos por alguns meses, nos conhecemos, aprendemos juntas a nos amar e ser confidentes. Descobrimos nossa dependência física e emocional, rimos (muito mais que) e choramos. Nós vimos a Clarice se transformar, de um bebezinho imóvel a uma menininha cheia de vontades, que engatinha e quer ficar em pé se apoiando nas coisas! De uma bebezica que só mamava a uma nenê que come de tudo (amém) e está cheia de dentes. Em 2015 eu usei pela primeira vez uma panela de pressão rs. E aprendi a fazer comidinhas, por causa da Clarice, é claro. Eu nem me lembro como eu era antes dela chegar, porque a transformação foi visceral.
A maternidade me consumiu, me absorveu por completo. E eu mal vi os meses de passarem. Meus olhos, aliás, todos os meus sentidos estavam direcionados para aquela menininha, e desconfio que continuarão assim para sempre.
Voltei a trabalhar com dor no coração em deixar a pequena no berçário, mas hoje sei que foi a melhor opção pra ela, embora para mim não houvesse outra opção. A danada além de se desenvolver absurdamente, se adaptou super bem. Essa pequena me surpreende tanto que eu mal acredito que ela saiu tão perfeitinha assim de dentro de mim. E mal acredito também como pode ser tão parecida com o pai. Xerox. Mãe sofre viu! Rs
Em 2015 aprendi que algumas escolhas não dependem apenas da gente, e da maneira mais delicada porém sofrível senti algumas consequências que só hoje, enxergando de outra perspectiva, entendo que tinha que ser assim. A separação física depois de sete meses 24h grudadas, a gripinha e os remédios, o chorinho de felicidade ao me ver, a dor no coração (literalmente) ao ficar pensando nela durante o dia. Tudo isso foi passando e o final de 2015 trouxe tanto aprendizado e amadurecimento que eu desconfio que sou até outra pessoa.
Sei que nenhum outro ano mais será como antes. E estou ansiosa por isso. Os próximos meses e anos serão repletos de primeiras vezes. Primeiros passos da Clarice, primeiras palavrinhas, primeira viagem. E sei que não vai ser sempre mil maravilhas, como não é. É cansativo, desafiador, mas nos olhos dela eu enxergo a esperança de dias sempre melhores. Pra gente e pro mundo. É no sorriso (e na gargalhada) dela que minha esperança se renova. Que me faz querer insistir pra ter um mundo melhor pra ela viver.
2016, te recebo de braços abertos. Venha e me surpreenda, trazendo com você saúde para os meus. Porque o resto a gente dá um jeito.
E gratidão eterna por você 2015. O ano da minha transformação. O ano da minha pequena boneca de luz. Da minha cristal. Obrigada.
Tão linda sua retrospectiva!
Super me emocionei!!!
A minha tá no forno!
Ahn vou conferir a sua hein! Delícia relembrar tantas coisas que passaram nesse ano tão especial pra nós né? Beijos
Meu link tá desatualizado lá na sua lista de blogs favoritos
Atualizei o link Evy!!! <3